Dúvidas Segundo - Eça de Queiroz

Sintam-se a vontade pra mandar as dúvidas, conforme surgirem

Boooom dia, minhas queridas e meus queridos!Espero q tenham assistido mesmo e curtido o vídeo. Desculpem se ficou muito longo, estou aprendendo essa coisa de dar aula por vídeo kkk
Se vc não tem dúvidas sobre o Eça de Queirós, apenas responda essa pergunta, ok? Se surgirem dúvidas, estou aqui.

Em A cidade e as Serras, Eça de Queirós apresenta crítica à sociedade, assim como em suas outras obras, porém nesse momento essa crítica acontece de maneira menos objetiva. Disserte sobre tal afirmação.

A crítica em a Cidade e as Serras encontra-se de forma mais irônica, mais “escondida” pois a crítica está na infelicidade de Jacinto na cidade, por conta da superficialidade das pessoas, da falsidade, do interesse pelos bens materiais e não pelo que as pessoas são por dentro. É claro então, que Jacinto não encontra felicidade na cidade mas encontra no campo. E é por isso que a crítica estão de forma mais “escondida”, a história vai seguindo seu curso e essa infelicidade vai sendo mostrada como crítica;

Nice!

Qual foi a reação da igreja na época com a publicação de "o crime do padre Amaro"  ?  houveram complicações para a vida de Eça de Queiroz ?

Opa, se tiveram. A Igreja passou a perseguir o autor, porém, não tinham o poder de prendê-lo, o tribunal da Santa Inquisição existia ainda, aliás, existe até hoje, mas o processo para julgamento nele é complicadíssimo. Mas tentaram julgá-lo e proibir a obra

Como a sociedade da época era influenciada com publicações de livros que envolviam frequentemente temas como adultério e conflitos sociais ? A maioria conseguiu entender as críticas realizadas, ou, os "crimes" da alta burguesia continuavam e eram até "influenciados" pela publicação desses livros ?

Lembra que com a publicação de Madame Bouvary o autor foi até processado pelo Estado francês? As obras eram um choque tremendo para a sociedade, tanto pelas críticas aos membros da elite, sendo que quem lia naquela época era apenas a elite, quanto pelas denúncias de podridão humana. Porém, apesar de ser extremamente crítico e inovador, era também necessário para abrir a cabeça da galera e fazer essa gente sair da caverna!!! Por isso foram, por muitos, idolatrados, por terem a coragem de criticar e botar a real na mesa

Na publicação de "A Cidade e as Serras" , o autor Eça de Queiroz já se encontra em tempos de velhice. A principal crítica do livro não é mais direcionada à burguesia e os maiores setores da sociedade, e sim na forma como o homem deve encontrar sua própria felicidade, fato que contribui imensamente para uma amenização da intensidade da crítica, pois a mesma não se trata de algo tão objetivo como pessoas de uma classe, mas sim subjetivo, que é a felicidade. Exato, mas lembre-se que a crítica à sociedade da cidade, consequentemente, é uma crítica direcionada à elite, pois criticar a vida na cidade significa criticar as relações sociais nela presentes, pois ali encontrava-se apenas falsidade e futilidades

A crítica é mais voltada a ironia e é mostrada por conta de uma “escolha” do personagem Jacinto,sobre viver na cidade ou no campo/serras. Em geral Jacinto (que vive na cidade) ama as inovações e tecnologias que a cidade proporciona,entretanto é infeliz;logo,a obra vai mostrando a razão dessa infelicidade, principalmente por consequência das pessoas, que não se importam com a essência das outras e sim com seus bens e seus estatos na sociedade. E claro,Jacinto consegue ser feliz no campo e não na cidade,mostrando na obra, que a infelicidade seria a crítica (direcionada principalmente à elite e suas relações sociais).
Veja meu comentário na resposta do erick, só pra completar =)

A Cidade e as Serras foi o último livro de Eça de Queiroz e foi escrito quando ele já estava mais velho, portanto apesar de ainda criticar a sociedade, essa crítica é feita de maneira mais irônica. A obra trata principalmente sobre a exaltação do campo, em detrimento da cidade, já que a vida campestre era mais simples e verdadeira, diferentemente da vida na cidade, onde Jacinto, o personagem principal, era infeliz devido a futilidade das pessoas, importando-se apenas com as aparências e bens e não com a essência. E essa ideia, essa diferença, é retratada ao longo do livro, sendo que Jacinto que no começo era um "homem da cidade", só passa a encontrar a verdadeira felicidade ao morar no campo. Sendo assim, a crítica de Eça de Queiroz era direcionada à elite, por causa de sua podridão social e o modo como as relações sociais eram falsas e encobertas por máscaras.
Veja meu comentário na resposta do erick, só pra completar =)

A crítica de Cidade e as Serras é feita de maneira mais irônica e escondida. No livro, a crítica é: na cidade não felicidade por conta da falsidade e da podridão das pessoas; já no campo, um lugar mais puro, com contato à natureza, encontra-se a felicidade. Jacinto (personagem principal) não consegue encontrar felicidade na cidade, mesmo sendo um amante das inovações tecnológicas. Então, essa ideia de oposição é mostrada pelo livro, no qual Jacinto vivia na cidade, porém infeliz, então passou a morar no campo e achou sua felicidade.

Por que, nos exercícios do plurall, a obra cidade e as serras são consideradas um *romance* pós realismo? O termo romance não significa do romantismo, romance é qualquer obra escrita em prosa, não necessariamente do romantismo =)

A obra Cidade e as Serras faz uma crítica indireta pois ela é sentimentalista, Jacinto vive infeliz na cidade o que torna sua vida fútil (sendo uma crítica à elite que vive em tal local), quando se muda para um ambiente rural, mais simples, se vê mais feliz. Logo a crítica vem no ciclo de seu sentimento, onde ele estando infeliz mostra que a vida em um lugar mais simples não te impõe uma “máscara” social

Na obra, a crítica se da de maneira mais irônica e sútil, ela não está exposta de maneira objetiva e sim subentendida na luta do Jacinto para encontrar felicidade. O livro deixa claro que o personagem principal não encontra felicidade na cidade, por mais que seja cheia novidades tecnológicas, mas consegue a achar na vida simples do campo onde se aproxima da natureza e se afasta da sociedade. Essa falta de satisfação na vida urbana está também relacionada a futilidade que ele encontra nas pessoas de lá, sendo essa a crítica que Eça de Queiroz apresenta sobre a sociedade.

Paty, nos exercícios do Plurall, acho que o segundo, fala que a obra é pós-realista. Não entendi bem, ele teve várias fases?Eita, eu respondi e acho que apaguei sem querer. Pergunta importantíssima, pense, sempre que uma escola literária começa a atingir seu "fim", ou seja, uma nova escola literária começa a surgir, os autores do final sempre começam a trazer novos questionamentos, lembra de Castro Alves, no romantismo? A ideia é a mesma, se considerarmos que o realismo teve como objetivo criticar e denunciar as elites, uma vez essa denúncia ocorrida e concretizada, as pessoas tendo entendido e visto essa realidade podre da sociedade, abre-se a possibilidade de uma nova discussão, sendo assim, Eça de Queirós, quando mais velho, começa a questionar: Se a sociedade da cidade é podre, isso já foi dito, a galera já entendeu, agora, oq fazer para sair dessa podridão?É possível ser feliz em meio a tanta gente podre, tantas relações fúteis? A resposta é NÃO, para encontrar a SUMA felicidade é necessário sair da cidade, sair do antro de pessoas falsas, relações falsas, encontrar a felicidade no campo, onde existe a verdade, portanto, a possibilidade de ser genuinamente feliz

POR FAVOR, TODOS LEIAM ESSE COMENTÁRIO, ELE É IMPORTANTÍSSIMO!

Na obra mostra a infelicidade de Jacinto na cidade,pelo fato de ser uma sociedade fútil,deste modo ele n consegue encontrar felicidade na cidade.Quando vai para o campo é o momento q ele encontra sua verdadeira essência.A crítica feita por Eça de Queiroz é implícita,mostrando qual é a verdadeira felicidade,além de criticar a elite.

A cidade e as serras é a última obra escrita por Eça de Queirós, nela o autor continua criticando a cidade mas ocorre de uma forma diferente das outras. Dentro da obra a crítica não é tão direta, visto que ela é dada a partir da escolha do protagonista, Jacinto. Sendo assim, existe uma crítica extrema do campo versus a cidade e nesse romance ele vai se dedicar a futilidade presente e satirizar as ideias positivistas presentes nos jovens da época.
Dessa maneira, no livro Jacinto é um amante de todas as tecnologias e para ele a cidade era algo que trazia felicidade em sua vida. Contudo, dentro dela Jacinto é completamente infeliz e isso é percebido por José Fernandes, morador do campo, que leva Jacinto para o campo para ele encontrar felicidade. Com isso, percebe-se a “briga” do campo e a cidade, onde no campo existe a facilidade de encontrar a felicidade, visto que nele as pessoas não são tão fúteis e falsas quanto na cidade. Com isso percebe-se claramente a crítica do autor, que é toda marcada através da sociedade da cidade (elite) a mesma que é extremamente fútil e falsa.

Em a Cidade e as Serras encontra-se de forma mais irônica, mais ocultas pois a crítica é representada pela infelicidade de Jacinto na cidade, pois no campo isso já não ocorre as pessoas são mais ´´puras´´, e  na cidade por conta do mal caráter das pessoas, da falsidade, apenas se interessam  pelos bens materiais e não pelo que as pessoas são de verdade. Devido a isso Jacinto não encontra felicidade na cidade porém encontra no campo. E é por isso que a crítica estão de forma mais subliminar, A história vai se desenrolando e essa infelicidade vai sendo mostrada como crítica da obra, assim como a crítica a elite.

Pessoal, li todas as respostas =) depois respondo cada uma, mas estão mt boas =)
se tiverem dúvidas, continuem postando!!
estou amando esse novo estilo de aula kkkk

As cidades e as serras é um livro escrito de Eça de Queiroz que conta a história de Jacinto, um homem que vive na cidade, extremamente tecnológico ele ama essas “novidades das cidades” mas ele se vê entediando e infeliz com que ele está vivendo, infeliz no ambiente em que vive. Até que seu primo que por sinal é o narrador da história, leva ele para o campo e lá ele encontra a felicidade, na pureza e na simplicidade. Essa crítica não está objetiva, mas monstra a infelicidade de Jacinto na cidade graças a futilidade das pessoas, que não se importava sua essência e sim com os bens que possuem. Essa crítica a infelicidade na cidade vai sendo retratada durante a obra e em oposição a verdadeira felicidade encontrada no campo.

Na obra A cidade e as serras, as críticas direcionadas a Elite ocorrem através de ironias e de uma forma indireta. A crítica pode ser subentendida através da dificuldade de Jacinto para encontrar a felicidade na cidade, na qual a sociedade é falsa e podre, mas encontra a felicidade com maior facilidade no campo, onde está próximo a natureza.

Em A Cidade e as Serras, Jacinto luta para encontrar a felicidade, mesmo morando na área urbana e gostando da tecnologia presente nela. Morando no campo, ele se sente melhor e acaba ficando afastado da futilidade presente na cidade. Essa obra é voltado a elite. Com toda essa apreciação a cidade.

Em a Cidade e as Serras, Erça de Queirós vai críticar a cidade e a sociedade de uma maneira indireta. A crítica acontece através da infelicidade do personagem Jacinto.
Jacinto é apaixonado pela tecnologia e por tudo que se encontra na cidade, por isso ele acreditava que a cidade o fazia feliz. Mas na verdade ele era uma pessoa extremamente infeliz, devido a podridão social, a falsidade e futilidade que se encontrava na cidade.
No campo Jacinto teve uma maior facilidade para encontrar a felicidade, por conta do contato com a natureza e porque no campo não tinha tanta podridão social como na cidade.

Pessoal, boas respostas. Temos dúvidas?

Por se tratar de um período em que Eça de Queirós se encontrava mais velho, sua crítica acima da obra A Cidade e as Serras passa de uma maneira mais sútil e velada sobre a sociedade e as imposições sociais nela existentes. Após o início da Segunda Revolução Industrial, a modernização e meios tecnológicos se tornaram muito presente na vida do homem contemporâneo, dessa forma, em seu último livro, o autor humoriza o apego da sociedade com às novas tecnologias, que por consequência levava o afastamento da essência do ser humano e do contato com a natureza. A construção dessa crítica inicia com Jacinto, o protagonista, ser um homem da elite, muito rico e apaixonado por aparelhos tecnológicos e que mora na cidade, Paris, ser uma pessoa infeliz e entediada, mesmo podendo ter tudo que almeja. E se desenrola com o momento em que Jacinto faz uma viagem às serras pertencentes aos seus familiares e se depara com sentimentos de entusiasmo, familiaridade e alegria. Com essa análise, é possível perceber que Eça de Queirós critica sutilmente a futilidade, o interesse, a falsidade e a pressão de sempre manter uma boa imagem presente na cidade, se tornando uma vida rodeada de pessoas superficiais, diferenciando da vida no campo, que procura o interior de um ser e não sua aparência.

O autor já estava mais velho quando escreveu a obra " A Cidade e as Serras". A crítica nessa obra é "camuflada", a mesma se encontra na infelicidade de Jacinto em viver na cidade, mesmo com todas as tecnologias que ele tinha. Jacinto só conseguiu encontrar a felicidade no campo, mostrando que a falta dela se dá por conta da futilidade das pessoas da cidade, pessoas vazias e falsas, enquanto o campo abriga um povo mais verdadeiro e amável trazendo a felicidade verdadeira.

A crítica na obra A Cidade e as Serras acontece por meio irônico e indireto, sendo através da infelicidade de Jacinto, que não estava satisfeito na cidade, com tanto interesse e falsidade das pessoas. Após realizar uma viagem ao campo, mesmo apaixonado por tecnologia, Jacinto encontra felicidade no campo. Com base no que foi dito, a crítica da obra é ligada à elite, porque mesmo que Jacinto fosse um homem da elite, rico e podendo ter o que quisesse, se sentia infeliz com a vida que levava, vendo tanto interesse em bens materiais, e nunca em quem a pessoa é de verdade.